É raro o dia em que ligamos a televisão e não vemos notícias sobre alerta laranja e vermelho. Estes alertas, entretanto, são recebidos sempre de forma passiva. Buscam criar proteção contra ameaças externas. São tantos que em alguns países e regiões já fazem parte do cotidiano da população. Infelizmente, parece que nada ensinam.
Sei o quanto é difícil expressar uma leitura energética sem passar a impressão de estar se manifestando política e ideologicamente. É preciso reconhecer a solidão que a leitura neutra e isenta das manifestações energéticas traz ao leitor das mesmas. Ou o leitor das mesmas as acompanha ou acompanha as tendências humanas de particularizar as verdades universais. O leitor de energias precisa seguir o rumo indicado pelas mesmas mesmo que siga sozinho.
Dissemos em artigos anteriores que não existe energia negativa e sim equilibrante. Se desequilibrarmos a natureza o que podemos esperar da mesma? Se não respeitarmos culturas e tradições milenares o que podemos esperar como reação? Se insistirmos em criar guetos urbanos o que podemos esperar como resultante? Será que dos excluídos vamos continuar ouvindo apenas gemidos e lamentos? Será que cada praga que se abateu sobre o Egito não acendeu um Alerta Vermelho? Por fim, será que não estamos vivendo a mesma inconsciência do Faraó?
O Universo vive no meio. Se deslocarmos o pêndulo para a direita ele vai puxá-lo para o centro. É no centro, no equilíbrio, que o universo atua. Fora do centro, apenas o caos que puxa para o centro existe.
Será que apenas o mal está fora do centro? Se for assim, o que Cristo, o Justo Perfeito, quis nos dizer ao morrer entre o bom e o mau ladrão? Em qualquer situação, pessoal, profissional, institucional ou global, o excesso de alertas deve acender o pavio da ação e não da reação. Deve nos trazer uma postura ativa de mudança. É preciso compreender que a ação caótica do que se desequilibrou agirá sempre sobre o sujeito desequilibrante.
O Alerta Vermelho passivo continuado é filho da “sábia ignorância”. O Alerta Vermelho ativo é filho da sabedoria e da verdadeira força. E quando a verdadeira força age, não existem derrotados.